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Queimaduras de água-viva em cachorros. O que fazer e como tratar?

A primeira coisa que muitos cães fazem ao chegarem na praia é cair no mar, tendo em vista que alguns deles adoram se divertir em meio ao oceano. Contudo, esta brincadeira requer cuidados especiais, uma vez que nas águas salgadas existem muitos animais marinhos que podem machucar o pet. Um exemplo disso é a água-viva, que habita coletivamente a costa brasileira.

Esta criatura marinha possui um corpo em forma de medusa com múltiplos tentáculos formados por nematocistos, células microscópicas que injetam toxinas em suas presas, deixando-as paralisadas e provocando queimaduras.

Mesmo que os cães não sejam presas para a água-viva, os nematocistos são liberados quando os cachorros encostam nos tentáculos.

O encontro entre a pele do animal e os tentáculos da água-viva pode provocar queimaduras sérias no animal, deixando a epiderme vermelha e inchada. E, apesar de todo o corpo do pet estar exposto a esta situação, algumas partes são mais vulneráveis e sensíveis como o focinho, boca, patas, barriga, coxins, ao redor dos olhos e nas regiões próximas da virilha.

Por esta razão, é preciso que o tutor busque proteger o animal de alguma forma. A dica dada pela escritora Amy D. Shojai, no livro “Primeiros Socorros para Cães e Gatos”, para estes casos é aplicar vaselina no cãozinho, principalmente onde há maior sensibilidade no animal.

Mas, se o cachorro já foi ferido pelas águas-vivas, é importante está pronto para agir em um pronto atendimento.

O encontro entre a pele do animal e os tentáculos da água-viva pode provocar queimaduras

(Foto: depositphotos)

O que fazer com o cachorro queimado por água-viva?

Primeiramente, é importante lembrar que ao retirar o animal da zona de conforto ele estará exposto a situações de risco e por isso é imprescindível que o tutor tenha em mãos uma maletinha de primeiros socorros. No caso de acidentes com água-viva, você deve ter na bolsa luvas de borracha, álcool em gel, anti-histamínico e bicarbonato de sódio.

Primeiro passo: proteja-se para cuidar do animal

Use luvas médicas para cuidar de seu animal que foi atacado por água-viva. Isto porque, se você não estiver protegido, é possível que os tentáculos da criatura marinha ainda te queime quando você for retirá-los do corpo do pet.

Álcool em gel para retirar os pedaços dos tentáculos

De acordo com Amy D. Shojai, é muito comum que as pessoas ao tentar retirar os restos de tentáculos da pele do animal acabem piorando a situação. “Esfregá-los com uma toalha, ou mesmo enxaguá-los com água o protegerá das queimaduras, mas pode provocar uma liberação ainda maior de células com ferrões, que podem picar o seu cachorro muito mais vezes”, explica a autora.

Para evitar que isso ocorra, ela sugere que você aplique álcool em gel nos tentáculos e com a mão protegida com luvas de borracha realize um movimento de fricção dos tentáculos.

Use anti-histamínico e bicarbonato de sódio

O anti-histamínico deve ser receitado por um veterinário de confiança e você poderá tê-lo em casa para as emergências. Portanto, nestes casos, utilize o medicamento evitando que o animal apresente alguma reação alérgica.

Outra dica é utilizar o bicarbonato de sódio para aliviar a queimadura, para isso faça uma pasta com este produto e água. Caso o animal tenha se ferido em várias partes do corpo, adicione bicarbonato em um balde com água e banhe o animal com esta substância.

Outras técnicas

Além das técnicas anteriores, você pode ainda apostar em compressas, tanto quente como fria. Enquanto as geladas diminuem o edema, as quentes fazem com que o sangue curativo volte ao local.

Aplique a fria de 10 a 30 minutos e, em seguida, aplique a morna por cinco minutos. Fique alternando as compressas por 20 minutos.

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Sobre o autor

Jornalista (MTB-PE: 6750), formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UniFavip-DeVry, escreve artigos para os mais diversos veículos. Produz um conteúdo original, é atualizada com as noções de SEO e tem versatilidade na produção dos textos.