Entenda a síndrome de ansiedade de separação em cães

Imagine uma relação entre humanos, nela os pais têm duas formas de cuidar da criança. A primeira é ensinando o filho entre o que é certo e errado da vida, deixando-o viver novos desafios e assim aprendendo com os próprios erros. Desta forma, é possível criar uma criança independente. A segunda forma, entretanto, é superproteger o filho. Não permitindo uma autoconhecimento da criança e tornando-a insegura, medrosa e totalmente dependente dos pais. Esta última relação não é saudável para nenhuma das partes, principalmente para quem precisará aprender a se virar sozinho quando não estiver mais a presença dos pais.

Agora você pode está pensando o que esta situação tem a ver com os cães. E a resposta é: tudo! Muitos donos acabam criando esta relação de dependência dos animais para com eles. Se para uma criança esta experiência não é benéfica, imagine para os animais. Para especialistas, esta ligação recebe o nome de síndrome de ansiedade de separação (SAS) e não é nem um pouco saudável para os cães. Além de dar muita dor de cabeça aos próprios incentivadores, os tutores.

O que é e quais são os sinais da SAS?

Esta síndrome é um problema psicológico desenvolvido em cães que sentem muito a falta de seus donos. É uma situação que está se tornando cada vez mais comum atualmente, tendo em vista que cachorros e humanos têm um relacionamento de carinho e amor muito estreito. Consequentemente, isto gera uma dependência entre o animal e o seu dono, que acaba sendo cultivada pelo tutor mesmo que inconscientemente.

Entenda a síndrome de ansiedade de separação em cães

Foto: Pixabay

É importante destacar que cada animal reage de uma maneira diferente a síndrome, mas que nenhum deles é feliz, mesmo quando reencontra o dono. E o grau do problema vai depender de como o dono responde ao comportamento adquirido pelo animal antes da partida do responsável, durante e até a sua chegada. Dentre os sinais mais comuns da SAS estão:

  • Choramingo, latidos e uivos quando o tutor está prestes a sair;
  • Xixi e cocô no lugar errado, principalmente em ambientes ou objetos com o cheiro do dono;
  • Comportamentos destrutivos;
  • Depressão;
  • Tristeza mesmo tendo outras pessoas em casa;
  • Falta de apetite e, consequentemente, anorexia;
  • Só bebe água ou come quando o dono está em casa;
  • Hiperatividade que pode desencadear na mastigação de portas e janelas, em uma tentativa de acompanhar o dono;
  • Automutilação na tentativa de combater o tédio.

Alguns fatores podem desencadear este problema psicológico nos cães, tais como: o afastamento muito cedo da mãe biológica e o não contato com seus irmãos de ninhada, mudança súbita de ambientes e realidades, a chegada de uma nova criança ou animal em casa, mudança do estilo de vida do dono que, agora, tem menos tempo de ficar com o peludo, entre outras situações.

Tratamento para a síndrome

O primeiro passo é reconhecer o que está deixando o animal com tais perturbações psicológicas. É necessário que o tutor saiba reconhecer o que ele está fazendo para alimentar esta dependência no seu animal de estimação e como ele pode diminuir esses estímulos. Algumas dicas podem ser úteis para garantir uma melhora na relação entre os cães e os papais humanos, são elas:

  • Enganando o pet: Alguns animais percebem que o dono está pronto para sair e assim já começam a chamar a atenção, seja chorando ou latindo. Você pode realizar os mesmos passos e, no final, acabar não saindo. Uma forma de mostrar para o animal que ele não precisa reagir daquela forma;
  • Mudança de rotina: Busque trabalhar com seu cachorro alguns adestramentos e comandos. Além disso, pratique mais atividades físicas com ele e mude a forma de se despedir e também de chegar. Por exemplo, evite o drama no momento de sair de casa e quando chegar só acaricie e cumprimente seu animal quando este já estiver calmo e tranquilo;
  • Alterne o tempo fora de casa: Durante o dia saia de casa por uma hora, 30 minutos ou até mesmo cinco minutinhos, de maneira alternadamente. Desta forma, você mostra ao animal que você sempre vai voltar para casa;
  • Partida longa: Se por alguma razão você precisa passar muito tempo fora de casa, algo relacionado a vários dias, busque deixar pela casa objetos que tenham o seu cheiro. Essa técnica pode acalmar o seu animal.

Sobre o autor

Jornalista (MTB-PE: 6750), formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UniFavip-DeVry, escreve artigos para os mais diversos veículos. Produz um conteúdo original, é atualizada com as noções de SEO e tem versatilidade na produção dos textos.