O incrível trabalho dos cães farejadores

Constantemente, os cães farejadores são personagens chave para a solução de casos de polícia como farejamento de drogas e resgate de vítimas. Por terem olfato aguçado e bastante preciso, os cães são usados como auxiliares para esse fim, recebendo um treinamento bastante específico que ajuda a desenvolver ainda mais as suas habilidades olfativas e tornando-os aliados para a solução dos casos policiais.

Algumas raças ganham destaque quando falamos em cães farejadores, isso porque também são essenciais algumas outras habilidades e características, como a lealdade e a coragem, além da obediência.

Os cães, além do treinamento, passam por uma rotina repleta de atividades físicas frequentes como a natação e a corrida, tendo ainda uma alimentação balanceada e saudável. Aposentam-se com uma idade entre 8 e 10 anos de vida.

O incrível trabalho dos cães farejadores

Foto: Reprodução/ internet

Raças e características

As raças mais comumente usadas são o pastor alemão, pastor holandês ou pastor belga, mas outras raças como labrador, golden retriever, fox terrier e rotweiller também são amplamente usados para essa função.

O gênero, apesar de não é um empecilho, pode ser um fator determinante para a escolha: normalmente as fêmeas são escolhidas, por se destacarem com um faro mais preciso, sem se distrair como indo atrás de cadelas no cio ou marcação de território.

São determinantes também a obediência, energia, lealdade e coragem do cão, que será treinado desde cedo para este tipo de função. Essas raças adoram agradar aos donos, o que faz com que trabalhem ainda melhor.

Como funciona o olfato do cão?

Os seres humanos contam com, aproximadamente, 5 milhões de células olfativas, enquanto os cães possuem em média 200 milhões. Dá pra imaginar como o faro deles é aguçado, não é mesmo?

Em animais de focinho mais curto, essa sensibilidade diminui, o que justifica a escolha de raças para este fim. Os cães podem identificar cheiros em concentrações muito inferiores as que as pessoas detectam, cerca de 100 milhões de vezes menores, conseguindo perceber até mesmo, por exemplo, uma gota de sangue diluída em até 5 litros de água. Isso ajuda na identificação de itens suspeitos.

Esse sistema é, naturalmente, usado para a busca de alimentos, ameaças ou ainda parceiros sexuais, mas pode ser incentivado e treinado, como é feito com esses cães.

O treinamento

Os treinadores iniciam o treinamento escondendo alimentos de forma espalhada para que o filhote encontre por meio do odor. O treinamento começa simples, mas vai evoluindo de acordo com a idade do animal e somente depois de, aproximadamente, um ano de vida, que o cão terá o treinamento direcionado à sua obediência. Nesse mesmo período são introduzidos na rotina do cão treinamentos em torno de brinquedos, que propõe a relação de ação e recompensa.

A parte mais difícil, segundo especialistas, é fazer o cãozinho entender o que realmente é esperado dele, e por isso são realizados muitos tipos distintos de treinamentos. Uma das técnicas mais usadas é a que o treinador esconde o brinquedo do cão dentro de uma caixa, junto com alguns itens perigosos ou ilícitos mesmo que o cão não reconheça. Ele acaba encontrando junto aos odores e assim acaba, depois de algum tempo, assimilando como o foco de sua busca. São ensinadas também atitudes específicas para que, ao encontrarem algo ilícito, demonstrem uma determinada atitude, por exemplo, mordendo, latindo e até mesmo arranhando o local suspeito.