As vacinas em cachorros podem causar efeitos colaterais?

As vacinas em cachorros podem causar efeitos colaterais? É normal o cão ficar vomitando após a aplicação? O cão sente dor depois de tomar as vacinas? É comum o cão ter diarreia, tremer ou ficar com caroço após a vacinação?

Essas e outras perguntas são comuns na vida de quem é um tutor de cães, principalmente o de primeira viagem. Como o processo de vacinação é essencial na vida de todo cachorro, é normal que essas dúvidas apareçam.

Contudo, cada caso tem suas especificidades. De acordo com veterinários, não há efeitos colaterais fixos para todos os casos. Os cães têm suas reações de forma isolada. 

Quais são os efeitos colaterais das vacinas em cachorros?

Os cães de pequeno porte acabam sentindo mais efeitos colaterais das vacinas

Febres, diarreias e falta de apetite não podem persistir por mais de três dias (Foto: depositphotos)

Em vídeo publicado no canal Dica do Veterinário, o médico Arthur Ferreira explica que os cães apresentam diferentes reações as vacinas.

“A gente tem alguns animais que sentem muito o processo de vacinação e existem outros animais que sentem quase nada”, conta o especialista em saúde animal.

Contudo, é normal que o cachorro fique mais quieto e sossegado. Até mesmo os filhotes mais agitados, podem evitar brincadeiras após a vacinação. Segundo Arthur, é até comum que eles fiquem mais sonolentos que o natural.

“Alguns animais chegam a ficar até uns dois dias dessa forma. Outros animais nem sentem a vacinação, voltam para a casa e está normal. Normalmente os animais de grande porte acabam não sentindo tanto esse processo de vacinação. E os de pequeno porte acabam sentindo mais“, explica o médico veterinário.

Sensibilidade no local

Além dessas reações, Arthur Ferreira comenta que existe outra situação comum após a vacinação. “Outro ponto que a gente espera também que alguns animais apresentam é dor no local da aplicação.”

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Nesse caso, os cães apresentam uma sensibilidade maior nessa região. Há um incômodo no local, assim os cachorros podem sentir dor quando o tutor passa a mão na área da aplicação ou até mesmo quando vão dormir.

Edema

Alguns animais formam uma bolinha um pouquinho maior, outros menores, outros nem formam. Também é uma reação individual. E essa bolinha quando forma ela geralmente demora um pouco mais para cessar. Então ela não vai cessar em uma semana. Em alguns animais elas chegam a demorar até uns dois meses para começar a sumir”, complementa o médico sobre as reações das vacinas.

Ainda com relação ao caroço que pode surgir no cão após a vacinação, o veterinário tranquiliza. Segundo o médico, essa reação não é maléfica. É apenas um elemento que interfere na estética, mas que vai sumir com o passar do tempo.

Outros sintomas comuns referente à vacinação são a febre, as fezes amolecidas e a falta de apetite. Porém, vale ressaltar que essa e as demais reações da vacina não podem persistir por mais de três dias.

O que fazer quando as vacinas causam efeitos colaterais em cães

A maioria dos animais apresentam dor no local da aplicação

Para controlar os efeitos colaterais os veterinários prescrevem antitérmicos e analgésicos (Foto: depositphotos)

Quando o animal apresenta os efeitos colaterais da vacina, é importante que o tutor peça orientação veterinária. Voltar ao médico que vacinou e explicar o que está acontecendo se faz necessário.

“Normalmente, a gente [os veterinários] orienta dar um antitérmico, um analgésico, sempre por recomendação veterinária para receber a dosagem adequada”, explica a médica veterinária Simone Liepkan.

Já os animais que apresentam sintomas mais exacerbados, precisam de atenção médica urgentemente. As vezes, os sinais podem não estar relacionados a vacina.

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Diarreia, vômitos, paralisação não são normais. Se o cachorro apresenta esses sinais, ele deve ser levado ao veterinário o mais rápido possível.

As dúvidas mais comuns sobre o processo de vacinação

A vacinação é um tema que deixa muitas dúvidas nos tutores. Para sanar algumas dessas questões, a veterinária Andressa Gontijo divulgou um vídeo no canal My Pet’s Nanny.

Entre as dúvidas mais frequentes estão:

1) Quais vacinas o cachorro deve tomar?

De acordo com a veterinária Andressa, os cães precisam tomar as vacinações V8 ou V10 e a antirrábica. “O veterinário vai escolher qual a vacina que ele prefere e ele vai aplicar a V10 ou a V8 no seu animal”, explica a especialista.

Além delas, existem outras vacinas que alguns veterinários podem trabalhar. Por exemplo, as que previnem giárdia ou tosse dos canis.

2) Com quanto tempo o cachorro toma a primeira vacina?

“Normalmente, a gente faz a primeira dose da vacinação com o animalzinho tendo em torno de 45 dias de vida a 60 dias de vida. Com mais ou menos perto dos dois meses, a gente faz a primeira vacinação dele”, esclarece Andressa Gontijo.

3) Contra quais doenças as vacinas de cães protegem?

As vacinas podem proteger o cachorro contra diversas doenças, são elas: cinomose, parvovirose, hepatite, parainfluenza, coronavírus, adenovírus e leptospirose. 

“A diferença entre a V8 e a V10 é na V8 vão ter dois tipos de leptospirose. E na V10 vão ser quatro tipos de leptospirose que a vacina vai proteger”, ressalta a médica veterinária.

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4) Vermífugo e vacina juntos?

“Normalmente, o veterinário vai te dizer que o seu animal tem que estar com uma boa saúde para receber a vacinação. Não adianta ele está com uma imunidade baixa, porque ele não vai reagir bem a vacinação. Ele não vai produzir o anticorpo que precisa para a vacinação”, responde Andressa.

Dessa forma, primeiro deve ser feita a vermifugação. A partir de então, após estar livre dos vermes e mais saudável, o cão e vai estar apto para receber a primeira dose da vacina.

Já os cuidados posteriores da vacina, quando há as reações colaterais dela, os cães vão precisar de muito carinho e amor.

Sobre o autor

Jornalista (MTB-PE: 6750), formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UniFavip-DeVry, escreve artigos para os mais diversos veículos. Produz um conteúdo original, é atualizada com as noções de SEO e tem versatilidade na produção dos textos.