Quem tem um cãozinho sabe que o animal realmente é mais um integrante da família, compartilhando muitos dos momentos, sejam eles de alegria ou de tristezas. A perda de um pet é sentida por todos os donos, independente da faixa etária, e o luto envolve sentimentos como tristeza, culpa, solidão, mudança no sono, falta de apetite, perda de prazer, sensação de vazio e choro fácil.
Nas crianças, o sentimento de luto pode ser ainda mais intenso e prolongado, pois, muitas vezes, pode ser a primeira experiência de perda de um ser querido.
A relação da criança com o pet
No geral, as pessoas que mais sentirão a perda serão aquelas que possuíam uma ligação afetiva mais forte com o animalzinho de estimação. No caso das crianças, a ligação é bem forte e, por meio dos cães, elas aprendem vários conceitos.
Desde cedo, a criança vive cercada por imagens de animais, como em desenhos animados e outras histórias, que ensinam virtudes como amizade, lealdade, moral e ética.
Quando a criança é filha única ou convive apenas com um dos genitores, ela apresenta maior tendência a se ligar com o cão, que é percebido como um amigo especial ou um irmão, sendo um forte ponto de apoio.
Além de serem grandes companheiros para as crianças, os cães também as ensinam a compreender o ciclo da vida e a lidar com a perda no momento do falecimento.
Como ajudar as crianças a lidar com a perda do companheiro
Com o evento traumático da perda do animalzinho de estimação, a criança pode apresentar uma série de sentimentos e reações. Por este motivo, todos os familiares devem estar cientes para que possam dar o apoio necessário num momento tão difícil.
Confira a seguir algumas dicas que podem ajudar as crianças a lidar com a perda do amiguinho:
- É recomendado que o adulto seja honesto com a criança, mesmo que se trate de um assunto tão delicado como a morte. Mas, é claro que o adulto deve levar em consideração a idade da criança e a forma de abordar o assunto;
- Cada criança reagirá de uma maneira diferente frente à morte do seu cãozinho. Algumas podem demonstrar sentimentos como raiva, tristeza, culpa e vazio; outras podem ficar mais quietas; há ainda as crianças que podem querer fazer várias perguntas. Em um momento como esses, é importante que o familiar adulto mostre que ela tem todo o seu apoio e que ele está disponível para responder todas as dúvidas, quando for o momento;
- Alguns eufemismos devem ser evitados, pois a criança pode interpretar de modo literal e desenvolver um medo relacionado àquilo (como dormir, por exemplo);
- Usar rituais de passagem (um funeral ou uma cerimônia simbólica) pode ajudar na superação da perda do companheiro, podendo trazer uma espécie de finalização;
- No caso das crianças que podem internalizar os seus sentimentos e terem dificuldades de se expressarem, o familiar pode pedir para que façam algum desenho ou que escrevam uma carta ao companheiro falecido. Estas são boas maneiras de exprimir o que está se passando dentro da criança;
- O adulto compartilhar, de modo suave, os seus próprios sentimentos com a criança, para que ela sinta uma identificação, também pode ajudar a criança;
- Se a casa da família possuir um quintal, plante uma flor ou árvore em memória do amiguinho;
- Organizar um livro memorial com fotos para que a família inteira possa conversar e relembrar os bons momentos;
- Alguns livros infantis que tratam sobre a perda de um companheiro, de maneira didática e sensível, também podem ajudar a criança a lidar com a perda.