Cão mordendo e lambendo a patinha: o que será?

Quase todo tutor já presenciou o cão mordendo e lambendo a patinha e se perguntou o que será? De acordo com veterinários, essas situações não devem ser consideradas normais.

Além disso, esses mesmos sinais são indicativos para vários problemas de saúde. Entre os possíveis distúrbios estão questões psicológicas ou físicas. Mas para se ter certeza da causa da lambedura e das mordidas, o tutor deve estar atento a outros fatores.

Por que o cão fica mordendo, lambendo e coçando a pata?

Por ser um problema muito comum na vida do tutor e do cãozinho, o ato de morder, lamber ou coçar a pata causa bastante dúvidas.

Para o médico veterinário Giuliano Palha Amado, esse problema pode surgir devido ao estresse, mas não só. Segundo ele, na maioria das vezes esses hábitos possuem causa bacteriana, fúngica ou alérgica.

Cão mordendo e lambendo a patinha pode ser sinal de estresse ou alergia

Apenas 10% ou 5% dos casos é que o problema será de origem psicológica (Foto: depositphotos)

“É necessário então excluir todas essas causas que eu falei para depois então pensar em psicológica. 90% a 95% das vezes vai ter uma causa ou infecciosa ou inflamatória. E só aí os 10% ou 5% é que vão ser de origem psicológica”, afirma o médico que é especializado em dermatologia veterinária na clínica Animais em Pessoa.

Parasitas causam coceira nas patas do cachorro

De acordo com a veterinária Larissa Salles Teixeira, no site da Lupus Alimento, pulgas e carrapatos  causam uma coceira horrível no cãozinho. Por isso, o pet pode acabar coçando bastante as patas.

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“Além disso, alguns pets ainda possuem alergia à saliva e picada de ectoparasitas, então por mais que não seja encontrado nenhum parasita, uma só picada seria suficiente para causar alergia e claro, coceira.”

Dor: cachorro lambendo a pata e mancando

Quando a causa da lambedura é a dor, além das lambidas o cachorro pode apresentar ainda um andar manco. Segundo veterinários, a artrite ou artrose podem ser responsáveis por essa atitude do animal.

Isso é mais comum em cães com uma idade mais avançada. Pois são mais propensos a desenvolverem problemas ortopédicos.

Cachorro lambe a pata até ferir por ansiedade, tédio ou estresse

Já quando o animal passa por mudanças drásticas no cotidiano, pode encontrar alívio lambendo, mordendo ou coçando as patas. Isso tudo devido a estresse, tédio ou ansiedade.

Alguns exemplos de mudanças são: passar a ficar mais tempo sozinho em casa, a chegada de um novo membro na família ou não passear com mais frequência.

Com isso, o animal passa a se lamber compulsivamente. Consequentemente, esse comportamento pode causar um tipo de problema de pele chamado de dermatite psicogênica.

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Problemas hormonais fazem cachorro lamber a pata demais

Há ainda problemas hormonais capazes de provocar reações negativas no cão. A coceira na pata e em outras regiões do corpo podem surgir devido aos desequilíbrios hormonais.

Como exemplo disso pode-se citar as taxas de tireoide. Uma vez que o hipotireoidismo pode provocar infecções na pele, acarretando sérias irritações na pata.

‘Meu cão lambe muito as patas’: problemas de pele

Por fim, há pelo menos dois problemas de pele que podem ser explicados pela lambedura nas patas. Tanto as alergias como também a pele seca são situações que propiciam o surgimento de tal comportamento.

No caso das alergias, o cachorro pode adquiri-las através de produtos químicos. Além disso, pelo meio ambiente ou até mesmo pela alimentação.

Outro grave problema é a pele seca. Essa situação é comum quando se está muito frio ou há a falta de umidade no ambiente. Nesses casos, o cachorro passa a lamber as patas.

Tratamentos: o que fazer para diminuir lambedura e mordidas na pata?

Desparasitar o cão e o local onde ele vive é uma aposta para eliminar a frequência das lambidas

Buscar a ajuda de um médico veterinário é a primeira coisa a se fazer (Foto: depositphotos)

Diante de todos os problemas já apresentados anteriormente, o tutor deve se manter calmo. Como há vários tipos de causas, é necessário estar bastante atento.

Em primeiro lugar, deve-se buscar a ajuda de um médico veterinário. Isso porque, em algumas situações pode ser preciso o uso de medicamentos como antibióticos.

Contudo, o tutor também pode tomar algumas medidas em casa para tentar sanar o problema. Uma dessas soluções é apostar em desparasitar o cão e o ambiente onde ele vive.

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Portanto, verificar se o cão está sem pulgas e carrapatos é uma forma de eliminar esse problema. Além de cuidar da casa e dos pertences do cãozinho, livrando tudo desses ectoparasitas.

Já quando se trata das alergias, é ideal ter o acompanhamento médico e identificar com precisão qual é o agente causador da alergia. Por exemplo, pode ser um produto do banho ou até mesmo a alimentação.

Outras formas de prevenir a lambedura nos cães

Diante de um cão mordendo e lambendo a patinha, o tutor deve trabalhar com outras formas de prevenção. Em casos de problemas psicológicos, como ansiedade, estresse ou tédio, algumas medidas podem ajudar. Como:

  • Oferecer mais exercícios: Sendo assim, o tutor deve caminhar mais com o cão. Os passeios são importantes para deixar o cãozinho cansado e com a energia baixa. Corridas e brincadeiras ao ar livre fazem com que o cão chegue em casa louco para descansar. Além disso, essas atividades físicas melhoram a sociabilidade do animal. E também contribuem com a prevenção da obesidade e seus respectivos problemas à saúde;
  • Diversificar nas brincadeiras: Mesmo quando o tutor não estiver em casa, o cão deve se manter ocupado, mas claro que com boas atividades. Um exemplo disso é a busca por alimento. Para isso o tutor deve colocar a ração dentro de brinquedos (bolas, garrafas com buracos) e dá ao cão. Ao mesmo tempo que o cachorro come ele também vai se manter ocupado por um longo período. Consequentemente, ele não tem mais tempo para lamber as patinhas, pois vai estar entretido com a nova atividade. Além do mais, essa mesma tarefa evita que o cão tenha outros comportamentos não adequados;
  • Usar o colar elisabetano: Essa medida é indicada em casos mais extremos, como por exemplo quando as dicas anteriores não tenham dado certo. Nesse sentido, no momento que o tutor perceber que o cão vai lamber ou morder a patinha, o colar deve ser usado. Contudo, vale ressaltar que durante esse uso o cão deve receber recompensas. Isso para mostrar que o colar elisabetano não é um castigo, mas sim uma forma de ajudar na recuperação.

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Sobre o autor

Jornalista (MTB-PE: 6750), formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UniFavip-DeVry, escreve artigos para os mais diversos veículos. Produz um conteúdo original, é atualizada com as noções de SEO e tem versatilidade na produção dos textos.