Ração terapêutica para cães

A ração terapêutica é uma forma usada para ajudar a tratar determinadas doenças. Este tipo de alimentação é feita, exclusivamente, para alguns tipos de doenças e só pode ser administrada para um cachorro com a indicação e acompanhamento veterinário.

Existem muitas marcas que produzem as rações terapêuticas para cães, uma delas é a Equilíbrio Total Alimentos. No seu canal no Youtube, a marca aposta em entrevistas com veterinários especializados em diversos problemas de saúde em cães, os quais explicam a composição de cada ração terapêutica para cães e o porquê de usá-las.

Problemas de saúde e a ração terapêutica

1. Cães com problemas urinários

Os cachorros que possuem doenças no trato urinário podem usufruir de uma ração balanceada para estes problemas. São exemplos dessas patologias a cistite e os cálculos renais. Portanto, ao descobrir o real problema do cachorro, o veterinário pode indicar uma dieta específica.

Ao descobrir o real problema do cachorro, o veterinário pode indicar uma dieta específica

Algumas doenças exigem que o tutor administre ração diferenciada para seus cães (Foto: depositphotos)

Assim, as rações ideais para cães com problemas urinários são as que possuem teor adequado de sódio e baixos teores de magnésio e fósforo. Além disso, elas precisam apresentar um teor de proteína  baixo.

2. Doenças renais

De acordo com o veterinário Luciano Giovaninni, especialista em urologia, há dois tipos de doenças renais: a crônica e a aguda. Na primeira situação, existe a perda progressiva e irreversível da função dos rins. Já quando é a doença renal aguda, é a perda rápida e transitória da função dos rins. “Entre as duas, a que mais acontece na rotina veterinária é a crônica”, alerta o médico.

Veja também9 verdades e 1 mentira sobre a alimentação dos cães

Assim, é importante que o tutor fique atento aos possíveis sintomas destes problemas como a perda de peso e do apetite, aumento de sede e da produção de urina, vômitos, diarreia e até mesmo desidratação.

“A doença renal crônica é irreversível, ou seja, não há cura. Então, a intenção do tratamento é o acompanhamento periódico do paciente e identificar as necessidades que ele apresenta”, esclarece o urologista de cães.

Por isso, uma das dicas dadas pelo veterinário é fazer a adequação nutricional dos cães. “É necessário que esses pacientes tenham uma alimentação menor, por exemplo, de fósforo. Menor ou adequação da quantidade de proteína nessas dietas é importante”, aconselha.

Ainda segundo Luciano, é ideal que a ração terapêutica para cães com problemas renais tenha uma suplementação de ômega 3 e aporte energético calórico maior, uma vez que esses animais tendem a emagrecer com esses problemas de saúde.

3. Problemas gastrointestinais

Há ainda os animais que possuem doenças gastrointestinais, que podem ser tratadas com o uso de uma ração específica. Neste caso, o alimento precisa ser feito a base de proteína vegetal hidrolisada, glutamina e energia metabolizável.

Além disso, é necessário a presença de dois componentes especiais: o fruto-oligassacarídeo (FOS), uma fibra fermentável que evita diarreia causada pela proliferação de bactérias no intestino; e o manano-oligosacarídeos (MOS), outra fibra que controla a proliferação de bactérias no intestino, evitando doenças infecciosas relacionadas à digestão.

Veja também: Meu cachorro não quer comer, o que fazer

Entre os possíveis problemas gastrointestinais que existem estão os crônicos e agudos, a exemplo das gastrites, a má absorção intestinal, o super crescimento bacteriano e a insuficiência pancreática exócrina colite.

4. Cães com obesidade

Segundo a veterinária Viviani Marco, especialista em endocrinologia, o cachorro que possui obesidade precisa ter dietas específicas. “Elas são caracterizadas por um teor elevado de fibra, que auxilia no aumento da saciedade e na diminuição da hiperglicemia após prandial, diminuindo o risco do desenvolvimento de diabetes”, explica a médica.

Ainda segundo a endocrinologista de cães, estas dietas também precisam ser hipocalóricas e mais enriquecidas com proteína, vitaminas e minerais. A veterinária ainda alerta para o risco de diabetes em animais obesos.

“A obesidade, principalmente aquela localizada no abdômen, a obesidade intra-abdominal, pode causar resistência insulínica. Ou seja, atrapalhar a função da insulina e, a longo prazo, predispor o aparecimento do diabetes mellitus”, conta Viviane.

5. Dificuldades hepáticas

Cães com doenças hepáticas podem receber ajuda de rações terapêuticas específicas para esses problemas. Elas são ricas em cobre reduzido, zinco quelatado, energia metabolizável idealproteína hidrolisada de soja.

Estas rações são capazes de tratar lesões crônicas, insuficiência hepática crônica, cirrose hepática, shunt portossistêmico e ascite.

Veja também: Veterinária esclarece sobre o consumo de leite por cães

6. Problemas cardíacos

Pesquisas afirmam que um a cada quatro cães, com mais de sete anos de idade, apresenta alguma doença cardíaca. Os sintomas desta situação clínica variam entre dificuldade de respirar, tosse, alteração da cor da língua, falta de vontade em praticar exercícios físicos, sono demasiado e fadiga.

Neste caso, é necessário que o tutor procure o médico veterinário para diagnosticar a doença e encontrar formas eficazes de tratamento. Junto ao tratamento farmacológico, é possível tratar o problema com uma alimentação equilibrada.

“Uma ração extremamente balanceada e com uma palatabilidade muito interessante para esses cães, uma vez que muitas vezes, pela doença cardíaca, o interesse, a vontade de comer fica diminuída, o apetite fica reduzido”, explica o veterinário Luciano Pereira, especialista em problemas cardíacos.

7. Cães hipoalergênicos

Para o veterinário Ronaldo Lucas, especialista em Dermatologia, uma ração indicada para cães com problemas de alergia é a que possui na sua composição complexo antioxidante, ômega 3 e 6, probióticos e pré-bióticos.

Este tipo de ração terapêutica é ideal para animais hipoalergênicos e que apresentam dermatites, insuficiência pancreática exócrina, gastroenterite associada à alergia alimentar e enteropatias com perda de proteínas.

Sobre o autor

Jornalista (MTB-PE: 6750), formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UniFavip-DeVry, escreve artigos para os mais diversos veículos. Produz um conteúdo original, é atualizada com as noções de SEO e tem versatilidade na produção dos textos.