De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 65 milhões de famílias entenderam esta perspectiva e resolveram ter um animal dentro de casa. Ainda segundo o órgão, são 44,3% de domicílios com pelo menos um cão e 17,7% com pelo menos um gato.
Os dados da pesquisa provam o quanto os brasileiros gostam de desfrutar a vida ao lado de um amigo com focinho. No entanto, uma outra pesquisa, desta vez feita pela Organização Mundial de Saúde (OMS), aponta que ainda existem aproximadamente 30 milhões de animais abandonados no Brasil. E, infelizmente, este número tende a aumentar durante o período das férias.
Esta situação é decorrente da falta de cuidados que alguns tutores têm com os animais quando precisam viajar. Segundo dados das ONGs que participam do Programa PEDIGREE® Adotar é Tudo de Bom, o índice de abandono durante o período de férias aumenta em 30%. Entre dezembro e fevereiro, os pedidos de resgate sobem de 15 para 30 por mês.
Outra pesquisa que confirma este aumento, feita pelo IBOPE Inteligência, em parceria com o Centro de Pesquisa WALTHAM® – a principal autoridade científica em bem-estar e nutrição de pets – muitas pessoas deixam de adotar os animais usando como justificativa o fato de não ter com quem deixá-los quando viajam.
Mas afinal, o que fazer com o cachorro quando você deseja curtir as férias em outra cidade? Para responder esta questão, a médica veterinária, Carolina Padovani, esclarece pontos essenciais.
Férias com o cachorro
Levando o cão junto nas viagens
Para quem deseja desfrutar das férias ao lado do cachorrinho, é preciso ficar atento a uma nova modalidade de empresas, as que fazem parte do petfriendly.
Este tipo de negócio aceita os animais dentro de suas comodidades e podem ser encontradas como hotéis, companhias aéreas, restaurantes, rodoviárias etc. Contudo, antes de se deslocar para o destino da viagem, a médica recomenda ficar em alerta com os seguintes casos:
- Faça um check-up veterinário com o cachorrinho, além de evitar algum transtorno durante a viagem, este tipo de procedimento é exigido por algumas agências de transportes;
- Atenção para os pisos quentes, tendo em vista que eles podem queimar as patas do cachorro. Por isso, busque sair com o pet em horários menos quentes;
- Lembre-se de manter por perto do cachorro água limpa e fresca;
- Em casos de viagens em carro, é ideal usar caixa de transporte ou cinto de segurança próprio para o animal. Além disso, é indicado não alimentar o animal antes da viagem e não se pode deixar as janelas abertas;
- Cuidado para não alterar muito a rotina do animal;
- É indicado apostar em coleiras que possuam uma plaquinha de identificação ou um microchip, em casos de perder o animal estes dispositivos irão facilitar o encontro deles.
O pet vai passar as férias em casa
Não vai levar o animal para viajar? Então saiba como cuidar dele mesmo assim, como sugere a veterinária Carolina Padovani:
- O principal ponto é não deixá-lo sozinho por muito tempo;
- Deixe água e alimento disponível em abundância;
- Chame alguém da família para visitá-lo e sair para brincar e passear com o animal na sua ausência. Outra possibilidade é contratar alguém que faça este tipo de serviço à domicílio ou um hotelzinho;
- No caso específico dos hoteizinhos, faça uma visita criteriosa no espaço e de preferência com o cachorro, para que ele já conheça o local antes de usá-lo como estadia.