,

Eutanásia em cão pode ser substituída por reabilitação

A eutanásia é um tema que gera muitas discussões, entre tutores e até mesmo médicos veterinários. Trata-se de um procedimento que tira a vida do animal devido a falta de saída nos tratamentos convencionais para determinados problemas de saúde.

Por exemplo, o cachorro diagnosticado com câncer, que já passou por muitas cirurgias e encontra-se debilitado. Neste caso, o tutor pode acreditar que a eutanásia será o melhor para o pet, pois vai diminuir o sofrimento dele.

No entanto, há quem acredite que o cão só deve “virar estrelinha” quando realmente chegar a hora para ele.

Outro exemplo de problema de saúde dos cães que divide opiniões pessoais e de profissionais com relação de fazer ou não a eutanásia é a tetraplegia, quando o animal não movimenta nenhuma das quatro patas.

Eutanásia  em cão pode ser substituída por reabilitação

Foto: depositphotos

Enquanto muitos veterinários indicam o processo de morte sem sofrimento, outros apostam em tratamentos inovadores na medicina veterinária, como no caso do pitbull, Jon, que foi diagnosticado com este problema, mas que voltou a andar após a oitava sessão de fisioterapia feitas através da reabilitação do animal.

Como funciona a reabilitação?

Quando se trata da tetraplegia, muitos veterinários indicam a eutanásia pois acreditam que o animal não consegue recuperar os movimentos e não terá uma boa qualidade de vida.

Contudo, existem especialistas que estão apostando em tratamentos considerados incomuns no caso dos pets, como o médico veterinário que trabalha com fisioterapia e reabilitação, Rodrigo Ferraz Scatolin.

De acordo com Scatolin, é possível recuperar um animal com tetraplegia através da eletroestimulação e laser. O procedimento chamado de Estimulação Elétrica Transcutânea (TENS/FENS), já utilizado em humanos, pode ser aplicado no caso de cães. Este tipo de tratamento consegue eliminar a dor e ainda é possível impulsionar os animais a voltarem a andar.

“Utilizo a tecnologia para auxiliar o processo de fortalecimento muscular e também para amenizar a dor dos animais. Mais de 90% dos meus pacientes utilizam a fisioterapia aliada com equipamentos de reabilitação”, explica o veterinário Rodrigo Ferraz Scatolin.

História de Jon

O filhote de pitbull, Jon, foi encontrado por Daniela Fais, no começo de junho, em Araraquara, interior de São Paulo. Segundo a cuidadora, logo no resgate ela percebeu que ele não estava bem, pois não se mexia e chorava com muita dor. Logo na primeira consulta o diagnóstico de tetraplegia foi dado e três veterinários sugeriram a eutanásia, alegando que Jon não teria qualidade de vida.

Contudo, Daniela encontrou a clínica do Rodrigo Ferraz e iniciou o tratamento. Respondendo bem as sessões de fisioterapia, Jon frequentou a sala do veterinário três vezes por semana. A tecnologia utilizada no caso do pitbull foi o Neurodyn Portable, capaz de eliminar a dor causada pela lesão no começo das vértebras cervicais.

Durante uma hora e meia, o filhote recebe estímulos por 30 minutos, faz alongamentos, exercícios e é submetido a laser. “Jon está na oitava sessão e já consegue andar. A previsão para que ele tenha uma vida normal é de um ano e meio, no máximo”, finaliza o veterinário.

Sobre o autor

Jornalista (MTB-PE: 6750), formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UniFavip-DeVry, escreve artigos para os mais diversos veículos. Produz um conteúdo original, é atualizada com as noções de SEO e tem versatilidade na produção dos textos.