As vezes uma simples tosse e cansaço no seu cachorro podem ser indícios de que o coração do seu amigo precisa de uma atenção redobrada.
Segundo o cardiologista veterinário Alexandre Bendas, nem sempre os sintomas das doenças cardíacas caninas aparecem de forma tão evidente, mas muitas vezes traz alguns indícios como a tosse seca, perda de peso, cianose de língua, apatia e síncope.
A doença que mais afeta o coração do cães de pequeno porte é a endocardiose valvar. Já nos maiores é a cardiomiopatia dilatada. A primeira é também conhecida como degeneração mixomatosa e afeta frequentemente a válvula mitral.
Já a cardiomiopatia acontece quando o músculo do coração está fino, fraco e não consegue se contrair da maneira adequada, podendo ocasionar uma insuficiência cardíaca congestiva e o acúmulo de líquidos no tórax, pulmão, tecido subcutâneo e abdômen. As raças mais afetadas são Doberman, Boxer, São Bernardo e Afghan Hounds.
“Outro ponto de atenção é que, assim como nos humanos, um dos fatores que pode desencadear doenças cardíacas é a idade. Quanto mais idoso o cão ou o gato, maior a chance de alguma debilidade”, argumenta a veterinária Andressa Felisbino.
Tratamento
Alexandre Bendas explica que ainda não existe prevenção para a maioria das enfermidades do coração dos cães, principalmente aquelas congênitas.
A exceção é a dirofilariose, também conhecida como “verme do coração”. Ela pode ser prevenida com administração de medicamentos mensais ou anuais. “O mais importante é o diagnóstico precoce, antes do desenvolvimento de insuficiência cardíaca congestiva. Isso irá aumentar a sobrevida e a qualidade de vida desses animais”, ressalta.
Por isso é extremamente importante ficar atento ao comportamento diário do pet. “Manter uma alimentação equilibrada e balanceada para cada animal – especialmente no caso de cardíacos, filhotes, idosos ou alérgicos; visitar o veterinário a cada seis meses, ser rigoroso na administração dos medicamentos e manter uma rotina de exercícios e passeios também faz a diferença quando o tema é o bem-estar e a longevidade do bicho de estimação”, complementa Andressa.