De acordo com o artigo 32 da Lei 9.605/98, é considerado crime no Brasil “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”.
Quem infringir este regulamento está sujeito à detenção, de três meses a um ano, e multa. Além disso, a pena ainda pode aumentar de um sexto a um terço, caso o animal morra após as referidas situações.
Contudo, mesmo que a legislação brasileira defina maus-tratos como crime este é o ocorrido mais constante na vida dos animais, inclusive os domésticos.
Foi o caso do cãozinho Prince, um fox terrier mestiço, de 10 meses, que foi vítima da maldade humana e o pior, uma atitude vinda do próprio tutor, um morador de rua que perambula pelas vias de Brasília, Distrito Federal.
História de Prince: uma realidade que se repete
Em entrevista ao Correio Braziliense, a diretora geral da Associação Protetora dos Animais do Distrito Federal (ProAnima), Simone Lima, afirmou que em 2015 recebia a cada semana, em torno de, 10 ligações com relação à maus tratos na região.
Sendo assim, o caso de Prince é apenas mais um reflexo da falta de compaixão que os seres humanos possuem.
No caso do fox terrier mestiço, o seu ex-dono teria lançado o peludo contra um carro, na Vila do Planalto. Sem chances de se defender, Prince já saiu debaixo do automóvel sem mover as patinhas traseiras.
Arrastando-se pelas ruas da cidade, durante 10 dias, o cachorro que ainda é um filhote acostumou-se com o incômodo que sentia, tendo em vista que as dores tornaram-se crônicas.
Sobrevivendo sozinho e em péssimas condições, o animal foi resgatado, em 21 de abril, dia em que o cantor Prince morreu e por isso ele recebeu este nome.
A protetora da área, sensibilizada com o estado do peludo, levou ele para a clínica da Universidade de Brasília (UNB).
Após os exames, os veterinários avaliaram que a melhor saída seria uma cirurgia para estabilizar a coluna e evitar que o pet sentisse mais dores.
No valor de R$ 6 mil, a operação só foi feita graças as movimentações nas redes sociais para arrecadar o valor.
Apesar da cirurgia ter sido um sucesso, Prince ainda ficou com sequelas do acidente. Desta forma, as necessidades fisiológicas do animal continuam involuntárias e por isso ele precisa usar fraldas.
Contudo, ainda resta esperanças para este problema. Sessões de fisioterapia e acupuntura podem melhorar a incontinência.
O problema é que o fox terrier mestiço espera uma vaga na UNB, desde 25 de abril, pois este é o local mais barato para estes tratamentos.
Atual situação de Prince
Quem está cuidando do Prince mora em um apartamento de apenas um quatro e já o divide com mais três cães. Além disso, não está com condições financeiras para cuidar do peludo e está prestes a se mudar da capital do país.
Por estas razões, o cachorrinho precisa da ajuda de todos que apoiam a causa animal. Levando em consideração a história de Prince, todas as suas limitações e a vontade que este filhote ainda tem para viver, fica impossível não querer ajudá-lo.
Para fazer isto basta entrar em contato através do e-mail rebeka-dg@hotmail.com.