O tutor que está adestrando o próprio cãozinho pode perceber, durante os treinamentos, que o peludo apresenta certa relutância para realizar comandos em lugares diferentes da casa.
De acordo com a behaviorista Gwen Bailey, o filhote pode não entender o que o tutor quer dizer, mesmo que ele já tenha feito em alguma outra ocasião.
“Isso porque os filhotes aprendem a fazer associações que envolvem um evento, não apenas aquela ação específica que você está tentando ensinar”, explica a treinadora, no livro “O Filhote Perfeito”. Neste sentido, a autora recomenda que os tutores tentem romper com as associações que o cachorro faz, se preciso for, fazer a eliminação uma a uma.
O funcionamento da mente do cão
Em uma situação hipotética, o tutor está na cozinha, sentado em uma cadeira e ensina o cachorro a sentar. Depois de muitas tentativas com bons resultados, parece que o cachorro aprendeu o comando “senta”. Curiosamente, ao tentar repetir este mesmo comando com o animalzinho no jardim da casa, o pet não obedece. Então, o que pode ter dado errado?
Este tipo de situação ocorre, porque o cachorro não faz associação apenas a palavra do comando, mas sim a todas as circunstâncias que ela foi aplicada. Ou seja, o tutor sentado, na cozinha. Portanto, saiba que não adianta esperar que o animalzinho consiga reproduzir a mesma obediência aprendida na cozinha estando no jardim.
Como fazer a desassociação dos treinamentos?
Neste caso, é essencial que o tutor desconstrua as associações gerais que o cachorro faça durante o treinamento. “Para resolver esse problema, você precisa eliminar as associações, uma a uma (mas não o comando oral), ensinado a ele todos os exercícios em muitos locais diferentes, com ele estando posicionado de modos diferentes em relação a você”, ensina Bailey.
Desta forma, o cãozinho vai começar a entender que não é o modo como o tutor está, mas sim a palavra dita por ele que significa determinada ação. Caso ele faça corretamente, ganha petisco. Do contrário, o treinamento continua.