Vermes podem afetar cachorros e comprometer órgãos vitais

Geralmente, a incidência de verme em cachorros é mais comum do que se imagina. O que pode parecer uma característica saudável, na verdade, é sinal de que algum organismo estranho está em atividade. Se não identificado com rapidez e eficiência, pode trazer sérias consequências para a saúde deles, a exemplo de emagrecimento, falta de apetite, enjoos constantes e até indisposição. Em casos mais graves, atingi até órgãos vitais. Mas, calma! A maioria deles têm tratamento.

A primeira coisa que passa pela cabeça do dono quando o assunto está relacionado a vermes é prestar atenção aos sintomas, mas, em alguns casos, eles demoram a aparecer ou simplesmente não existem. Até aquela barriguinha sobressalente nos filhotes, vista como sinônimo de saúde, pode indicar a presença de vermes. E existem vários tipos desses que podem ser identificados nos cães. Eles podem ser classificados entre “redondos” e “chatos”.

A contaminação pode acontecer via oral (ingestão de ovos, oocistos ou larvas infectantes), percutânea (penetração das larvas pela pele), intra uterina (através da placenta, contaminando o filhote ainda na barriga da mãe), pela galactogênia (através do leite da mãe) e pela picada de algum mosquito transmissor. A melhor forma de diagnóstico é através de um exame de fezes. Por isso é indicado que exames dessa natureza sejam realizados regularmente.

Cães que habitam em cidades litorâneas precisam de um cuidado adicional, uma vez que eles estão sujeitos a dirofilariose, também conhecida por “verme do coração”. A doença é causada pelo Dirofilaria immitis, uma microfilária de cor esbranquiçada, transmitida pela picada de fêmeas de algumas espécies dos mosquitos Aedes, Culex e Ochlerotatus. A principal característica desses transmissores é viver em locais com alta umidade e calor, haja vista que esses fatores também auxiliam na sua reprodução.

Imagem de cão debilitado em clínica veterinaria

Foto: Depositphotos

Nesse último caso, após o período latente da doença, os cães começam a apresentar perda de peso e esbranquiçamento da mucosa ao fazer atividade física. Outros animais domésticos, como os gatos, também podem contrair a doença, chegando a dois momentos, atingindo o coração ou quando há a morte do verme. O tempo de vida desse no organismo do cachorro é de sete anos, já no gato, dois.

Como prevenir a contração de vermes

A forma mais indicada para que os cachorros, ou qualquer outro animal, não contraiam vermes é seguir o protocolo médico veterinário de vermifugação. Os animais a partir de 45 dias de vida já devem tomar a primeira dose de vermífugos. A repetição deve ser feita 15 dias depois. Para casos isolados, o profissional irá direcionar o dono para os melhores procedimentos. Para os cães adultos também deve ser tomado os mesmos cuidados, com aplicação de vermífugos a cada quatro ou seis meses, com repetições a cada 15 dias.

No caso da dirofilariose, o dono deve prestar atenção no controle de água parada, uma vez que essa é um dos principais criadouros dos mosquitos que transmitem a doença. Também é recomendado o uso de repelente nos animais, além de vermifugações mensais.

Como tratar os vermes

Cães de qualquer idade estão sujeitos a ação de vermes. Por isso, a primeira providência a ser tomada é que o veterinário seja consultado regularmente. Se o animal começar a ser tratado sem que ele tenha sinal clínico visível, a administração de vermífugo, associado ou não a um polivitamínico, costuma ser o suficiente.

No caso do “verme do coração”, o mesmo medicamente é usado tanto na prevenção, quanto no tratamento da doença. Porém, a comunidade internacional não recomenda esse método, haja vista que a larva pode se tornar resistente ao uso da medicação. Como o potencial de reprodução da microfilária é alto, as infestações não costumam ser pequenas e o uso de antibióticos dura meses, podendo causar lesões nos órgãos. Nos seres humanos, os vermes morrem antes de atingir a fase adulta, mas os corpos podem chegar até os pulmões e criar nódulos.

Sobre o autor

Formado em Jornalismo pela UniFavip | Wyden. Já trabalhou como repórter e editor de conteúdo em um site de notícias de Caruaru e em três revistas da região. No Jornal Extra de Pernambuco e Vanguarda de Caruaru exerceu a função de repórter nas editorias de Economia, Cidades, Cultura, Regional e Política. Hoje é assessor de imprensa do Shopping Difusora de Caruaru-PE, Seja Digital (entidade responsável pelo desligamento do sinal analógico no Brasil), editor da revista Total (com circulação em Pernambuco) e redator web do Clube para Cahorros.