As mudanças manipuladas nas raças de cães durante 100 anos

Animais de raça pura foram criados pelos homens e em conformidade a cada necessidade humana para determinada raça, manipulações são elaboradas. Entretanto, essas alterações nos cachorros são desenvolvidas com o intuito de agradar e conquistar novos compradores, tudo em busca de “exemplares perfeitos”. Mas, será que essas modificações são saudáveis para os animais? Pode-se dizer que essa prática leva em consideração a saúde dos pets?

De acordo com o site Dog Behavior Science, algumas raças passaram por transformações absurdas ao longo dos anos. Neste artigo, o Clube para Cachorros traçou um comparativo entre as características de animais de mesma raça, mas de épocas diferentes. A seguir você acompanha imagens comparativas: os cães da esquerda são do livro Raças de Todas as Nações de 1915, já os da direita são as versões modernas desses mesmos peludos. Além disso, você descobre o que essas mudanças afetaram na saúde dos pets.

1. Bull Terrier

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Fotos: Reprodução/ Dog Behavior Science

Os animais dessa raça foram adaptados, ao longo dos anos, para apresentarem um crânio grande e abdômen avantajado. Antes possuíam um corpo atlético e saudável, atualmente são conhecidos por outras características consequentes destas transformações. O bull terrier contemporâneo possui problemas dentários, principalmente no que se refere a quantidade superior ao considerado normal de dentes, são excessivamente agitados e ainda apresentam problemas na pele.

2. Basset

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Visivelmente mais baixos, com mais pele e orelhas bem maiores, os cães basset atuais pagam com a saúde o preço decorrente de modificações feitas em seus organismos. Por essas transformações, esses cães apresentam problemas de vértebras, olhos muito caídos e, por isso, predispostos a desenvolverem uma doença em que a pálpebra vira-se contra si mesma, chamada de entrópio.

3. Boxer

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Atualmente, o maior problema que essa raça enfrenta é a dificuldade de controlar a temperatura corporal através da respiração. Esta complexidade é decorrente das transformações que o boxer passou até possuir as características físicas que hoje possuem, principalmente com relação ao seu focinho que ficou mais achatado e arrebitado.

4. Buldogue Inglês

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Por culpa da compulsão da humanidade por consumo e lucro, algumas raças acabam pagando com suas próprias vidas preços altíssimos. Este é o caso do buldogue inglês, que apesar da cara de turrão é um pet muito carinhoso. Devido mudanças no organismo, esta raça não é nada saudável, pois apresenta diversas doenças e até o acasalamento e o parto são momentos difíceis para estes animais.

5. Dachshund

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Antes pernas mais funcionais e um corpo alongado, mas com o pescoço proporcional. Atualmente, possuem um dorso mais comprido e pescoço igualmente longo, suas patas ficaram mais curtas e o peito foi projetado para frente. Todas essas mudanças físicas atribuem à saúde do dachshund, o famoso cão “salsichinha”, a possibilidade de desenvolver problemas nas vértebras e outras patologias que afetam a locomoção desses animais.

6. Pastor Alemão

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O pastor alemão é considerado um dos cães que mais perdeu sua identidade física durante os anos. Em 1915 era considerado um cão de médio porte, pesando, no máximo, 25 kg. Atualmente esses animais estão mais pesados, chegando aos 38 kg. O peito agora é projetado para trás e esses animais acabam apresentando diversos problemas ósseos.

7. Pug

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Dificuldade em manter a temperatura corporal equilibrada, dermatite, distúrbios respiratórios, problemas na dentição e cardíacos. Estes são algumas das consequências que os cães da raça pug enfrentam devido as transformações nos seus organismos. Fisicamente, os pets perderam estatura e o rabinho enrolado – considerado o charme desses peludos – é na verdade um problema genético, que em situações mais graves pode causar paralisia no animal.

8. São Bernardo

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Muito mais peludo, pesado e com excesso de pele. O são bernardo mudou muito de 1915 para os dias atuais. É um cão que também possui dificuldade de manter a temperatura corporal, haja vista que seu focinho foi com o tempo sendo achatado. Além disso, tem tendência a apresentar doenças como o entrópio, paralisia, câncer nos ossos, hemofilia, ectrópio entre outras.

Sobre o autor

Jornalista (MTB-PE: 6750), formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UniFavip-DeVry, escreve artigos para os mais diversos veículos. Produz um conteúdo original, é atualizada com as noções de SEO e tem versatilidade na produção dos textos.