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Por que cães cheiram o traseiro uns dos outros?

Todos nós sabemos que os cães têm o forte hábito de se encontrar e rapidamente um começa a cheirar o “bumbum”, isto é, o traseiro do outro, e vice versa. Por que isso acontece?

Os cães têm duas glândulas, chamadas de adanal, sob a pele que ficam muito próximas do ânus, essas glândulas são redondas e possuem o tamanho de uma ervilha em cães de pequeno porte e de uma uva Itália em cães de grande porte. As glândulas secretam um líquido de cor acastanhada muito fétido que é eliminado automaticamente sempre que o cachorro defeca, este odor fétido marca o território e através de seu cheiro, outros cães encontram uma série de informações a respeito daquele cachorro em questão.

Por que cães cheiram o traseiro uns dos outros?

Foto: Reprodução

Coletando informações pelo traseiro

Quando dois cachorros ou mais se encontram, ambos vão em busca dos traseiros, mais especificadamente a região perineal de cada animal em busca de informações através do cheiro da glândula adanal, que secretam feromônios de comunicação. Através deste cheiro um cachorro pode identificar em outro, o estado emocional, a dieta, a raça, o humor, entre diversos outros detalhes.

O cachorro tem um olfato de 10 mil a 100 mil vezes mais apurado do que dos seres humanos, isso permite que eles cheirem essas secreções mesmo sem ter fezes próximas a eles. Os cães também possuem um segundo sistema olfativo, chamado de órgão de Jacobson, que é projetado especificadamente para a comunicação química e envia a informação para o cérebro do animal, sem que haja a interferência de outros odores ao redor para atrapalhar o envio de informações coletadas.

Glândula adanal e marcação de território canina

Através das mesmas glândulas localizadas próximas ao ânus do animal, pelo do líquido fétido expelido, o cachorro também marca território. Também realiza o mesmo procedimento fazendo pouco xixi. A marcação de território serve para enviar uma mensagem que pode ter vários significados, como por exemplo, dominação do território em que vive (mostrando quem manda aqui), disponibilidade sexual, construção de autoconfiança (ocorre muito em cães inseguros), e até mesmo em cães ansiosos por ficar boa parte do tempo sozinhos sem a presença do dono.

Problemas de inflamação na glândula adanal

Em situações normais estas glândulas não são visíveis, porém se o dono consegue identificar vendo algum tipo de inchaço na região, ou percebe que o cão encontra-se incomodado, se lambendo ou coçando muito a região, possivelmente a glândula possa estar com algum problema ou irritação.

Algumas rações que contenham pouca quantidade de fibras, não realizam o procedimento de comprimirem as glândulas quando o cão defeca, não esvaziando-as e assim provocando inchaço, irritação e até mesmo inflamação. Os cães mais propensos a problemas na glândula adanal:

  • Cães com alergias alimentares e prurido na região anal;
  • Cães que não esvaziam suas glândulas completamente;
  • Cães que não realizam boa quantidade de exercícios físicos para estimular os movimentos intestinais;
  • Cães desidratados, velhos ou com doenças renais.

Sempre que o dono verificar algum problema a recomendação é levar o seu cachorro ao veterinário, que irá avaliar a possibilidade de inflamação das glândulas adanal e irá trata-las.