Pesquisa comprova que cães se fazem de ‘coitadinhos’ quando repreendidos

O tutor chega em casa e encontra o tapete da sala sujo de xixi, mesmo depois da milésima aula de bons modos para o cãozinho que insiste em fazer do carpete o banheiro preferido dele. Irritado, o dono ignora os pulos de alegria e o persistente rabinho que abana constantemente sinalizando a felicidade do reencontro. Aponta o dedo, fala com uma voz séria e firme que o animal não deveria ter feito toda aquela sujeira (de novo). E qual a reação do cachorro? Cabecinha baixa, olhos desviando do tutor, mas o rabo ainda balança com mais timidez.

Se você se viu protagonizando esta cena junto com o seu peludo, saiba que não é o único. As reações dos cães durante uma bronca são praticamente as mesmas, isso porque eles desenvolveram uma tática para “se livrarem” das reclamações e irritações do dono. Então, não se enganem: as carinhas de coitadinhos não têm relação com arrependimentos, mas sim uma forma bem esperta de “amolecer” o coração do tutor e escapar das queixas.

Comprovação através de pesquisa

Imagem de cão com cara de triste em sofá

Foto: Pixabay

A Universidade de Helsinki, na Finlândia, realizou uma pesquisa com 31 cães com a finalidade de descobrir como eles reagiam às expressões de pessoas e de outros cães. No teste, os animais foram colocados de frente para uma tela que mostravam os semblantes de humanos e de outros cachorros, ao mesmo tempo câmeras flagraram como os pets reagiram a cada situação.

‘Coitadinhos’: expressões caninas durante o teste

Além de expressões amistosas, os cães também tiveram que enfrentar rostos zangados. Nas primeiras situações, os peludos focavam nos olhos do outro. Já quando o semblante era de raiva, os pets focavam nos olhos e na boca do modelo. Ao perceberem o sentimento, a tendência era fugir desse contato visual. Assim, a cabecinha também era inclinada para baixo.

Esta atitude, para os pesquisadores, reflete o querer apaziguador que os cães sempre tentam promover. Não manter o contato visual é uma forma de evitar conflitos maiores com o tutor. Além do mais, a carinha de coitadinhos que eles conseguem fazer muito bem é capaz de comover o dono e a reclamação acaba ficando mais “leve”. Talvez seja essa forma de agir que facilitam o convívio entre cães e seres humanos.

Sobre o autor

Jornalista (MTB-PE: 6750), formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UniFavip-DeVry, escreve artigos para os mais diversos veículos. Produz um conteúdo original, é atualizada com as noções de SEO e tem versatilidade na produção dos textos.